Parábola da mulher Samaritana. João 4:5–29


      Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó dera a seu filho José.


  E estava ali a fonte de Jacó; Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta.


  Veio uma mulher de Samaria tirar água; disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.


  Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.


  Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos).


  Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conhecesses o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber; tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.


  Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?


  És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, e ele mesmo dele bebeu, e os seus filhos, e o seu gado?


  Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede;


  Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.


  Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.


  Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido, e vem cá.


  A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido;


  Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.


  Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.


  Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.


  Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, quando nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.


  Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus.


  Porém a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.


  Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.


  A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas.


  Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo.


  E nisso vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que falasse com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Que falas com ela?


  Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens:


  Vide, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura não é este o Cristo?


Parábola da Ovelha Perdida. Lucas 15.4-7

1 Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
2 E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.
3 Então, lhes propôs Jesus esta parábola:
4 Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?
5 Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.
6 E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
7 Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.


Entendendo a parábola da ovelha perdida

A Parábola da Ovelha Desgarrada nos mostra os cuidados que Jesus tem conosco. Tudo Ele fez outrora, quando viveu neste mundo, e tudo ainda faz hoje, da Eternidade, para chamar as almas pecadoras ao arrependimento. Jesus é o Bom Pastor. Ele deu a Sua vida por nós, que somos as  Suas ovelhinhas.

A Parábola nos mostra que, longe do Divino Pastor, nós só podemos encontrar sofrimento, perigos, miséria e morte. Mas, se nos arrependermos das nossas faltas, não só daremos alegria ao nosso Bom Pastor - JESUS - como também todo o Céu, todos os nossos amigos se alegrarão imensamente.

 Haverá "alegria no Céu", disse o Senhor. Não queremos dar contentamento a quem tudo sofreu pela nossa felicidade?

 Que o seu coração também se arrependa das suas faltas, mesmo pequeninas, para dar hoje, HOJE MESMO, uma grande alegria ao nosso Bom Pastor, que do Céu vela por nós e nos espera um dia no Seu Reino.

 



  • Parábola do joio. Mateus 13.24-30

Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O Reino dos céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo; 25 mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se. 26 E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. 27 E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu no teu campo boa semente? Por que tem, então, joio? 28 E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo? 29 Porém ele lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. 30 Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: colhei primeiro o joio e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo, ajuntai-o no meu celeiro.

Explicação da parábola do joio

36 Então, tendo despedido a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram ao pé dele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo. 37 E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem, 38 o campo é o mundo, a boa semente são os filhos do Reino, e o joio são os filhos do Maligno. 39 O inimigo que o semeou é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos. 40 Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo. 41 Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniquidade. 42 E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes. 43 Então, os justos resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.



Parábola do Grão de mostarda. Lucas 13.18-19



O Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem, pegando dele, semeou no seu campo; 32 o qual é realmente a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos.


Parábola do Semeador. Mateus 13:1-9

Saindo Jesus de casa, sentou-se junto ao mar:

2 E chegaram-se a Ele grandes multidões, de modo que entrou numa barca e se assentou; e todo o povo ficou em pé na praia.

3 E muitas coisas lhe falou em parábolas, dizendo: O semeador saiu a semear.

4 E quando semeava, um a parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves e comeram-na.

5 Outra parte caiu nos lugares pedregosos, onde não havia muita terra; e logo nasceu, porque a terra não era profunda;

6 E tendo saido o sol, queimou-se; e porque não tinha raiz, secou-se.

7 Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram.

8 E outra caiu na boa terra e dava fruto, havendo grãos que rendiam cem, outros sessenta, outros trinta por um.

9 Quem tem ouvidos, ouça.



                                                                                    Explicação da parábola do semeador

Atendei vós, pois, à parábola do semeador.

19 Quando alguém ouve a palavra do reino e não a entende, vem o Maligno e tira o que tem sido semeado no seu coração: este é o que foi semeado na beira do caminho.

20 O que foi semeado nos lugares pedregosos, quem ouve a palavra e logo a recebe com alegria.

21 Mas não tem em si raiz, antes é de pouca duração; e sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza.

22 O que foi semeado entre os espinhos, é quem ouve a palavra, mas os cuidados do mundo e a sedução das riquezas abafam a palavra, e ela fica infrutifera.

23 E o que foi semeado na boa terra; é quem ouve a palavra e a entende, e verdadeiramente dá fruto, produzindo a cento, a sessenta e a trinta por um. O coração de uma pessoa verdadeiramente cristã é o bom terreno da parábola: Cada semente de Jesus se transforma em trinta, sessenta ou cem bênçãos de bondade, de fé e de auxílio ao próximo. O coração dela deseja conhecer sempre mais e melhor os ensinos cristãos. E se esforça sinceramente para fazer a Vontade Divina: amar e perdoar, crer e ajudar, aprender e servir.



 PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO. (Lucas, capítulo 10, versículos 25 a 37


25 LEVANTANDO-SE um doutor da lei, experimentou-O, dizendo: Mestre, que farei para herdar a Vida Eterna?

26 Respondeu-lhe Jesus: Que é o que está escrito na lei? Como lês tu?

27 Respondeu ele: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de toda a tua força e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.

28 Replicou-lhe Jesus: Respondeste bem; faze isto, e viverás.

29 Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E quem é o meu próximo?

30 Prosseguindo Jesus, disse: Um homem descia de Jerusalém a Jericó; e caiu nas mãos de salteadores que, depois de o despirem e espancarem, se retiraram deixando-o meio morto.

31 Por uma coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote; e quando o viu, passou de largo.

32 Do mesmo modo, também um levita, chegando ao lugar e vendo-o, passou de largo.

33 Um samaritano, porém, que ia de viagem, aproximou-se do homem e, vendo-o, teve compaixão dele;

34 E chegando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma hospedaria e tratou-o.

35 No dia seguinte, tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse: Trata-o, e quanto gastares de mais, na volta eu to pagarei.

36 Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?

37 Respondeu o doutor da lei: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe Jesus: Vai-te, e faze tu o mesmo.


Explicando a parábola do bom samaritano


  • O doutor da lei queria saber quem ele deveria considerar o seu próximo, a fim de amar esse mesmo próximo. Mas, Jesus lhe respondeu indiretamente à pergunta, com outra questão: "Quem foi o próximo do homem ferido?". Jesus indagou do doutor da lei quem soube ter amor no coração para o desconhecido padecente da estrada. E o doutor, que era um judeu (os judeus odiavam os samaritanos), confessou que foi o samaritano.

     "Vai e faze o mesmo" - é a ordem eterna do Mestre. O nosso próximo é qualquer pessoa que esteja em nosso caminho; é qualquer alma necessitada de auxílio; é aquele que tem fome, que tem sede, que está desamparado, que está sofrendo na prisão ou no leito de dor... Que você imite sempre o Bom Samaritano. Esteja sempre pronto para socorrer quem sofre, como o bondoso samaritano fez, sem qualquer indagação ao necessitado.

     Que você faça o mesmo, como Jesus pediu. Nunca pergunte, nunca procure saber coisa alguma daquele que você pode e deve auxiliar. Não se interesse em saber se o pobre, se o doente, qual religião ou raça é o necessitado. Não se interesse em saber quais as idéias que ele professa ou a política que ele acompanha. Não cultive no seu coração os odiosos preconceitos de raça, de religião ou de cor. Que você olhe apenas as feridas de quem sofre, para pensá-las. Que você enxergue somente a dor do próximo, para aliviá-la.

     Imite o Bom Samaritano. É Jesus quem pede ao seu coração: "Vá e faça o mesmo", sempre, em toda parte, com quem quer que seja. Este é o caminho da Vida Eterna, com Jesus.

     



  • PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO. (Lucas, capítulo 15, versículos 11 a 32)
  • Um homem tinha dois filhos.

    12 Disse o mais moço a seu pai: Meu pai, dá-me a parte dos bens que me toca. E ele repartiu os seus haveres entre ambos.

    13 Poucos dias depois, o filho mais moço, ajuntando tudo que era seu, partiu para um pais longínquo, e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.

    14 Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome e ele começou a passar necessidade.

    15 Então, foi encostar-se a um dos cidadãos daquele país e este o mandou para os seus campos guardar porcos;

    16 Ali desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam, mas, ninguém lhas dava.

    17 Caindo, porém, em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui estou morrendo de fome!

    18 Levantar-me-ei irei a meu pai e dir-lhe-ei:

    Pai, pequei contra o Céu e diante de ti;

    19 Já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teu jornaleiros.

    20 E levantando-se, foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai viu-o e teve compaixão dele e, correndo, o abraçou e beijou.

    21 Disse-lhe o filho: Pai, pequei contra o Céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.

    22 O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei-me depressa a melhor roupa e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;

    23 Trazei também o novilho cevado, matai-o, comamos e regozijemo-nos.

    24 Porque este meu filho era morto e reviveu, estava perdido e se achou. E começaram a regozijar-se.

    25 Ora, seu filho mais velho estava no campo; e quando voltou e foi chegando a casa, ouviu a música e a dança;

    26 E chamando um dos criados, perguntou-lhe que era aquilo.

    27 Este lhe respondeu: Chegou teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde.

    28 Então, ele se indignou, e não queria entrar- e saindo, seu pai procurava conciliá-lo.

    29 Mas, ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo, sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com os meus amigos;

    30 Mas, quando veio este teu filho, que gastou teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado.

    31 Replicou-lhe o pai: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo que é meu é teu;

    32 Entretanto, cumpre regozijarmo-nos e alegrarmo-nos, porque este teu irmão era morto e reviveu, estava perdido e se achou.


  • Entendendo a parábola do filho pródigo
  • Certamente você entendeu tudo que o Senhor nos quer ensinar com a Parábola do Filho Pródigo. Deus é como o Bondoso Pai da estória. Deus é bom, supremamente bom e está sempre disposto a receber os Seus filhos arrependidos. É preciso, contudo, que o arrependimento seja verdadeiro como o do filho caçula da estória.
  •  Percebeu como foi triste para o moço abandonar o seu pai e o seu lar? Viu como ele sofreu no país estrangeiro, onde nem mesmo teve as alfarrobas que os porcos comiam?   Assim acontece também com as pessoas que abandonam os retos caminhos de Deus. Sofrem muito, pois quem se afasta do dever e da virtude conhecerá, mais cedo ou mais tarde, as dores do remorso e as tristezas da vida.

     Arrependendo-se sinceramente, no entanto, Deus o escuta e usa de bondade a alma arrependida, como o pai da parábola, que é um símbolo de nosso Pai do Céu. Que você se conserve no bom caminho. Mas, se sentir que pecou contra Deus ou contra os homens, arrependa-se com a mesma humildade do filho pródigo. Nunca imite o filho mais velho da estória, que era ciumento e orgulhoso e não teve compaixão do próprio irmão arrependido.

     Deus é o nosso Pai Compassivo e Eternamente Amigo. Não nos ausentemos nunca de Seu Amor. Mas, se errarmos, corramos para Ele, na estrada da oração sincera, com o coração arrependido e disposto a não errar mais. Ele nos ouvirá e virá ao nosso encontro, porque não há ninguém tão bom quanto Deus. Nem há quem nos ame tanto quanto Ele.

     


                                                                                           A PARÁBOLA DA DRACMA PERDIDA. (Lucas, capítulo 15, versículos 8 a 10)

    Uma pobre mulher tinha dez dracmas. Era toda a sua riqueza. A dracma era uma pequena moeda grega, que tinha valor também na terra de Jesus, pois muitos filhos da Grécia lá viviam e usavam essa moeda. A pobre mulher possuía dez moedinhas gregas. Guardava-as com cuidado, pois era zelosa de seus deveres e aquela pequena quantia estava destinada ao pagamento de suas despesas no lar. Ela não ficou sabendo como, mas, a verdade é que, quando abriu o cofrezinho, onde guardava o dinheiro, só encontrou nove moedas. Para onde teria ido a que faltava?

     Acendeu a candeia de barro e procurou-a em sua casinha. Remexeu as roupas, arrastou a pequena mobília e buscou a vassoura. Varreu toda a casa, em busca da moedinha que lhe era tão útil e necessária. Finalmente, depois de muito procurar e muito varrer, encontrou sua dracmazinha perdida.

     Que alegria! Agora poderia pagar todas as suas pequenas dívidas. Não estava mais preocupada: achou sua moedinha desaparecida e novamente a colocou junto das outras nove, na caixinha de madeira. Ficou tão contente com o encontro, que contou o caso às suas amigas vizinhas que também eram pobres, e para quem uma pequena moeda fazia igualmente muita falta. E dizia às suas vizinhas:

     - Minhas amigas, alegrem-se comigo, porque achei a minha dracma que se havia perdido. Assim também diz Jesus no Evangelho: - há muita alegria entre os anjos de Deus quando um pecador se arrepende dos erros cometidos.


    Entendendo a parábola da moeda perdida


    Esta parábola quer levar nossa alma ao arrependimento de nossas faltas. A estória nos mostra que existe um Deus de Bondade que quer salvar-nos de nossos erros e pecados.

     Se uma pobre mulher, ao perder uma pequena moeda, se esforça para encontrá-la e não descansa enquanto não a acha, também Deus nos procura sem cessar, nos quartos escuros de nossas vidas. Também Deus acende uma candeia e nos ilumina, pois, nós somos Suas "dracmas perdidas". Ele quer encontrar-nos, Ele nos quer para Si Mesmo, para o seu Reino, para a Felicidade Eterna que nos reserva.

     É por isso que o Céu tanto se preocupa em iluminar a Terra. É por isso que Deus possui um imenso exército de Benfeitores Celestiais que, incessantemente, nos inspiram seus bons pensamentos, ajudando-nos sempre e ensinando-nos a Vontade Divina em suas mensagens.

     Nós estamos no chão, na poeira de nossos erros, longe da Luz e da Verdade. Mas,  as candeias de Deus, nos iluminam. Se nós nos entregarmos nas Suas mãos, se aceitarmos sua Luz e nos arrependermos sinceramente de nossas faltas, eles nos tomam sob sua guarda - eles nos "acham" - e se alegram muitíssimo com a nossa regeneração. Há, então, muita alegria no Céu porque nossas almas saíram da escuridão do erro, aceitaram a Luz da Verdade e voltaram para as mãos de Deus. Que você pense bem, medite sinceramente sobre esta parábola. Se você se sente uma "dracmazinha perdida" (isto é, se você reconhece seus defeitos e imperfeições), não se esconda da Luz da Verdade, que está em Jesus Cristo. Deixe que os Mensageiros Divinos, que são as Lâmpadas do Céu, "achem" você, para fazer de sua alma arrependida uma alma pura, bondosa e obediente a Deus. Se você proceder assim, dará muita alegria a eles e será imensamente feliz.



                                                                 PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO. (Lucas, capítulo 18, versículos 9 a 14)



     Um dia, dois homens subiram as escadarias do Templo de Salomão para fazer suas preces. Um deles era um fariseu e outro era um publicano. Antes de contar a estória desses dois homens, explicaremos alguma coisa a você.

     Os fariseus eram homens religiosos, que viviam no tempo de Jesus. Eram muito orgulhosos e se consideravam perfeitos por cumprirem as determinações da sua religião. Gostavam de discutir sobre assuntos espirituais. Consideravam suas interpretações como as únicas certas. Eram vaidosos pela antigüidade de sua seita religiosa. Tratavam os partidários das outras crenças com ódio e desprezo. Achavam que "religião" era somente a prática de cerimônias nas suas igrejas (que eram chamadas sinagogas; templo só havia um, o de Salomão, em Jerusalém). Eram, quase sempre, cheios de vícios e erros, mas, fingiam por palavras e atitudes que eram corretos e santos.

     Os publicanos eram os cobradores de impostos. No tempo de Jesus, a Palestina pertencia ao Império Romano. Por isso, os judeus pagavam impostos ao Imperador. Os pubLicanoseram, em geral, judeus que exerciam essa profissão: cobravam impostos de seus compatriotas em favor do Império de Roma. Aproveitavam-se, muitas vezes, da sua função para impor multas desonestas, roubando o povo. Por isso, eram geralmente odiados e tidos como ladrões.

     Voltemos, agora, à nossa estória. Um fariseu e um publicano subiram ao Templo para orar. O fariseu fazia sua oração, dizendo: - Ó meu Deus, eu Te agradeço muito, porque não sou semelhante aos outros homens, que são ladrões e injustos. Agradeço-te porque não sou como este publicano indigno que está ali adiante... Ó Senhor, todas as segundas e quintas-feiras eu jejuo, recordando a subida de Moisés ao Monte Sinai e sua descida com as Tábulas da Lei. Dou o dizimo("a décima parte". Era a contribuição da décima parte das colheitas ou rendimentos, que os judeus pagavam) de tudo quanto ganho nos meus negócios...

    publicano estava a alguma distância do fariseu. Não tinha coragem nem de levantar os olhos ao Céu, pois estava profundamente arrependido dos furtos que cometia ao cobrar os impostos. Também orava, mas, sua prece era muito diferente da oração do fariseu orgulhoso. Dizia o publicano na sua prece: - Ó Deus, tem misericórdia de mim, que sou um miserável pecador!

    Que foi que aconteceu depois dessas duas orações?  Preste atenção: Deus ouve todas as preces que nós Lhe fazemos. Mas, nem a todas Ele responde. A prece do, fariseu era uma declaração de orgulho; nem merecia ser chamada prece. Deus não atende aos orgulhosos.

    A oração do publicano é o grito de uma alma arrependida de seus pecados. E é justamente isso que Deus deseja: Que nós reconheçamos nossos erros e nos emendemos, buscando o caminho do bem. Por isso (é Jesus quem diz no Evangelho), Deus atendeu à oração do publicano e o justificou, isto é, deu-lhe novas forças para que ele se corrigisse e caminhasse honestamente na vida.

     Encerrando a Parábola, disse Jesus: "Todo aquele que se exalta (isto é, que se torna orgulhoso) será humilhado; mas, o que se humilha, será exaltado".

     

    Um pouco mais de explicação da parábola


    Você aprendeu o significado espiritual da Parábola do Fariseu e do Publicano?  O fariseu não teve sua oração atendida por Deus por causa do orgulho e dureza de coração. Em lugar de suplicar as bençãos de Deus para sua alma, ele, cheio de orgulho, desprezou os outros, considerando-se muito digno. Demonstrou ignorar a Sabedoria de Deus, pois apresentou ao Pai Celestial uma lista das coisas que fazia, como se Deus não soubesse de tudo que acontece.

     publicano, ao contrário, foi humilde e sincero. Reconheceu, diante de Deus, que era um pecador e pediu perdão de suas faltas e culpas. Por isso, foi ouvido por Deus, que Lhe deu novas forças espirituais. Que você nunca proceda como o fariseu da Parábola. Nunca se considere superior aos seus companheiros. Não se julgue melhor que seus irmãos, nem mais inteligente que seus colegas. Nunca pense que você é mais puro ou mais digno que seus companheiros. Nunca fale das suas vitórias, nem de valores que você julgue possuir: O fariseu é que fez isso. Não pense também nas boas coisas que você já realizou. Pense no bem que você ainda pode e deve fazer. Para que você nunca se orgulhe de nada que sabe ou possui, olhe o exemplo dos Grandes Missionários de Deus que passaram pelo mundo. Veja como a sua vida é pobrezinha em comparação com a deles. Não fique desanimado com isso. Você deve imitá-los, mas não se considere justo nem perfeito ainda. Convém, que você, diante de Deus, com a humildade do publicano, conte ao Pai do Céu, com toda a sinceridade, as suas faltas, os seus defeitos e os seus pecados. Faça tudo isso em oração, honestamente e sinceramente. E Deus olhará para você com o mesmo amor com que abençoou o publicanoDará a você novas forças, novos pensamentos, novas bênçãos. E você há de ser uma pessoa realmente bondosa, sincera, humilde, obediente - uma alma verdadeiramente cristã!


                                                              A PARÁBOLA DA TORRE. (Lucas, capítulo 14, versículos 28 a 30)


    Certa vez, um fazendeiro quis construir uma torre, a fim de defender sua propriedade. Assim se fazia antigamente, nos tempos de Jesus. No alto da torre ficavam os vigias; a torre tinha outras utilidades também. Vários amigos o animaram na construção da pequena fortaleza. Dizia-lhe um, muito animado, que começasse imediatamente a lançar os alicerces. Outro companheiro, também muito otimista, lhe disse que nada deveria temer, pois quem muito pensa e muito teme nada consegue fazer. Outro amigo, igualmente entusiasmado, o animou a iniciar logo a construção da torre, afirmando-lhe que o ajudaria com o trabalho e lhe daria uma parte das pedras necessárias.

     O fazendeiro, porém, não começou logo a construir a torre. Pensou primeiro e primeiro fez o cálculo das despesas da construção. Procurou saber, antes de tudo, o preço das pedras, dos tijolos e de todo o material necessário para a edificação da sua pequena fortaleza. Buscou saber, também, quanto teria que pagar aos operários e ao mestre construtor, que era um arquiteto estrangeiro. Depois de tudo examinar com cuidado e exatidão, depois de verificar que as despesas estavam ao seu alcance, resolveu contratar os trabalhadores, comprar o material e iniciar as obras.

     Os amigos criticaram o fazendeiro pela sua demora. Mas, ele lhes explicou que tudo na vida tem um preço. E que ele, para ser honesto, só poderia fazer o que fez, calcular primeiramente as despesas da construção, a fim de não dar prejuízo a ninguém.

     Meus amigos - disse o fazendeiro - eu sou um homem de responsabilidade. Não posso prejudicar a ninguém e tendo de zelar pela honra de meu nome. Se eu começasse a construção da torre sem fazer os cálculos que fiz, poderia não ter recursos para terminar a obra e todos zombariam de mim. Diriam: "Este homem começou a edificar e não pôde acabar". E que significaria isso, se tal acontecesse? Todos diriam que eu sou um homem sem juízo, que se pôs a fazer o que não podia, causando prejuízo aos outros. Mas, graças a Deus, não procedi assim; fiz os cálculos, vi que poderia construir a torre e... ei-la pronta! 

    O fazendeiro mostrou, então, a bela torre aos seus amigos animados, mas, apressados. Todos ficaram muito contentes, porque a pequena fortaleza poderia defender com segurança as propriedades do sábio e honrado fazendeiro. Além disso, seus amigos compreenderam a grande lição...


    Vamos compreender mais sobre essa parábola?


    Que grande lição é esta ?  É a seguinte: Todas as coisas, neste mundo e na eternidade, têm um custo exato. Tudo tem seu preço na vida. Preço material, representado pelo valor em dinheiro, ou preço espiritual, que significa outro valor - valor moral -, diante de Deus.

     Então: Você sabe o preço dos seus livros, sabe o preço do carro, sabe o custo do combustível. Todas essas coisas têm um custo. Se você quer um computador novo, tem que saber primeiro se pode pagar o custo dele. Se pode, você o compra. Antes de comprar uma roupa, você busca saber quanto ela custa, se você possui o dinheiro suficiente, você pode adquiri-la.

    Assim também são os valores espirituais para quem quer seguir a Jesus. Se você quer ser bom, se quer ser honesto e digno, se quer ser um verdadeiro discípulo do Evangelho, você tem que "pagar" alguma coisa por isso. Mas, não é pagar dinheiro. O dinheiro não compra virtudes. As virtudes, os valores morais, as qualidades superiores da alma são conquistadas pelo esforço no bem, com a renúncia do mal. Eis ai o preço: Você tem de se esforçar muito e abandonar tudo que prejudica seu progresso espiritual.

    Se você der todas as suas forças para tornar-se bondoso, honesto, cumpridor dos seus deveres; abandonando os maus costumes, os vícios, não acompanhando os maus exemplos, você estará construindo sua torre (que significa seu valor moral, o aperfeiçoamento espiritual). Para sermos cristãos verdadeiros é preciso que paguemos o preço do esforço e da renúncia. Esforço no caminho do bem e renúncia de tudo que prejudica nosso espírito.


                                                                  PARÁBOLA DOS TALENTOS. (Mateus, capítulo 25, versículos 14 a 30)


    Certa vez, um homem rico, grande proprietário, teve necessidade de deixar sua pátria e viajar pôr outros países. Chamou, então, seus servidores de confiança e lhes entregou seus bens, a fim de que negociassem com as quantias que lhes eram entregues. Ao primeiro servo deu cinco talentos, que correspondem em nossa moeda a mais de cem mil Reais. Ao segundo entregou dois talentos e ao terceiro, um talento.  Ele fez essa distribuição de acordo com a capacidade de cada servidor. E depois seguiu para viagem.

     O primeiro foi imediatamente negociar com os talentos e, nos vários negócios que fez, conseguiu ganhar outros cinco talentos.

     O segundo fez o mesmo e conseguiu de lucro mais de 40 mil Reais (isto é, outros dois talentos).

      O terceiro servidor, porém, em lugar de multiplicar seu dinheiro realizando negócios, como os outros dois, saiu da casa do senhor e foi para sua residência. E, no fundo do quintal, enterrou a moeda de ouro que o grande proprietário lhe havia passado às mãos.

    Decorrido algum tempo, o senhor voltou do estrangeiro para sua pátria. Chegando a casa, chamou aqueles servidores para ajustar contas com eles. Compareceu o primeiro à presença do seu amo. E falou:

         - Senhor, entregaste-me cinco talentos. Negociei com eles, como ordenaste, e consegui multiplicá-los com meu trabalho honesto, conseguindo outros cinco. Aqui estão, meu senhor, os dez talentos que te pertencem.

    Disse-lhe o proprietário, em resposta: - Muito bem, servo bom e fiel. Já que foste fiel no pouco que te confiei, de agora em diante eu te confiarei negócios maiores e mais importantes. Estarás sempre comigo, ao meu lado, e gozarás da minha felicidade e bem-estar.

    Chegou o segundo servidor e disse também:- Senhor, entregaste-me dois talentos. Também negociei com eles, como mandaste e consegui multiplicá-los igualmente, com meu esforço honesto, conseguindo outros dois. Aqui estão, meu senhor, os quatro talentos que te pertencem.

     - Muito bem, servo bom e fiel. Já que foste fiel no pouco que te confiei, de agora em diante eu te confiarei também negócios maiores e mais importantes. Estarás ao meu lado, sempre comigo, e gozarás também, como teu companheiro, da minha felicidade e bem-estar.

    Chegou, por fim, o terceiro servidor, que havia recebido um só talento. E disse ao seu patrão: - Senhor, eu te conhecia e sempre soube que és um homem duro e severo, que gostas de colher onde não semeastes e recolhes o trabalho dos outros. Por isso, tive medo de ti e de tua justiça. E, por medo, escondi o teu talento na terra. Mas, hoje desenterrei tua moeda. Aqui está, senhor, o que te pertence.

     O proprietário, porém, lhe respondeu: - Servo mau e preguiçoso, por que me ofendes assim? Por que imaginas que eu gosto de colher onde não semeei e me agrada explorar o trabalho alheio? Se assim julgavas, por que não puseste, pelo menos, o dinheiro no banco, para render juros, já que não querias multiplicá-lo com teu trabalho? E chamando outros servidores de sua casa, continuou: - Tirai-lhe o talento e dai-o ao que tem dez talentos. A todo aquele que tem ainda, mais se dá e ele terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Lançai o servidor inútil fora do meu palácio, onde há lágrimas, fome e revolta, sem as alegrias que provém do trabalho honesto e fiel.



    Entendendo mais sobre a parábola

    Esta parábola é uma imagem do Reino de Deus. Nesse Reino, que abrange o Universo inteiro, cada alma, por mais pobre e pequenina que seja, tem uma determinada tarefa ou missão.

     

          Deus dá a cada um de nós (pai, mãe, jovem ou criança) uma tarefa, maior ou menor, segundo a capacidade de cada alma. Isso é o que significa a distribuição diferente dos talentos (um recebeu 5, outro recebeu 2, outro 1). Mas, Deus quer que nós multipliquemos os nossos talentos e não que os enterremos, como fez o servidor preguiçoso, que mereceu também o qualificativo de mau.

     

          Nossos talentos são as possibilidades que todos possuímos de fazer algum bem no mundo. Você também recebeu de Deus cinco, ou dois, ou um talento, isto é, você pode fazer algum bem neste mundo: ajudando seus pais, irmãos, sendo prestativo e bondoso para seus colegas, auxiliando, conforme suas posses, os pobrezinhos, os órfãos, os tristes... Há tantas almas sofredoras e necessitadas no mundo...

     

         Os seus talentos são o seu conhecimento, a sua bondade, o seu dinheiro, a sua boa vontade para ajudar a quem sabe ou pode menos que você. Tudo que você possui ou sabe é um talento que Deus confiou a ti, a fim de que seu coração e sua inteligência o multipliquem em favor dos pobres, dos sofredores e dos necessitados do mundo.

     

          Não imite o terceiro servidor que enterrou seu talento. Não negue a sua cooperação, quando puder prestar um favor. Existem mil pequeninos serviços de bondade e de delicadeza, mil pequenas tarefas de caridade e de compaixão que você pode realizar na vida, cumprindo sua missão de ovelhinha de Jesus. Não enterre seus talentos, sim?

     

          Se você cumprir seu dever de trabalhar no bem, nas pequeninas coisas, creia que a Parábola se cumprirá na sua vida: O Senhor Jesus confiará à sua alma tarefa maiores no Seu Reino e você gozará de Sua Perfeita Alegria, na grande felicidade de trabalhar com Ele em favor da regeneração de nosso mundo.

     

          Pode crer que não existe felicidade maior do que esta.

     

     

                                                         A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS. (Mateus, capítulo 25 versículos 1 a 13)


     

    Naquela noite, dois jovens se casariam. O casamento seria celebrado à noite, como era costume no tempo de Jesus.  Havia primeiro a cerimônia religiosa, na casa da noiva. Depois, então, a festa do casamento, na residência do noivo. Os convidados saiam da casa da noiva formando uma procissão. Todos carregavam lâmpadas de azeite ou tochas acesas, porque as ruas eram escuras. Naqueles tempos, você sabe, não havia iluminação a gás nem luz elétrica. A procissão, começando da casa da noiva, se dirigia para a casa do noivo.

    Algumas pessoas convidadas, que não puderam assistir ao ato religioso, esperavam, em frente às suas casas, a passagem do cortejo, a fim de se dirigirem à residência do noivo para as festas do casamento. As cerimônias religiosas demoraram, porém, bastante tempo na residência da noiva.

    Dez moças que não puderam ir lá, estavam esperando a passagem do cortejo, quando o noivo, a noiva e os convidados viessem para a casa do primeiro.      Dessas dez moças, cinco eram tolas e desajuizadas. As outras cinco eram prudentes. Todas sabiam que não era permitido tomar parte na procissão sem suas lâmpadas ou tochas. As tolas, porque não tinham cuidado, levavam as lâmpadas com pouco azeite, mas, as prudentes levavam as lâmpadas e também umas pequenas vasilhas com azeite.

          O noivo estava tardando...

          - Por que estará demorando tanto, a cerimônia religiosa? - perguntavam as moças, uma às outras. Sentadas, vencidas pelo cansaço, todas elas adormeceram. Já era meia-noite, quando alguém, que vinha à frente da procissão, gritou: "Eis o noivo! Venham os convidados ao seu encontro!"  As dez moças, então, se levantaram depressa e prepararam as suas lâmpadas, acendendo-as. As cinco moças desajuizadas disseram, nesse momento, às outras cinco:

    - Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando... Elas têm pouco azeite...

    As prudentes, porém, responderam, com delicadeza:

    - Infelizmente, amigas, não é possível, porque o azeite que temos não chega para nós e para vós. Ide ao vendedor e comprai-o para vos...

    As cinco moças imprevidentes foram fazer a compra, buscando o vendedor naquela hora tardia da noite. E por isso, demoraram bastante... A procissão passou, as cinco moças prudentes entraram no cortejo e todos chegaram à casa do noivo. Imediatamente foi fechada a porta, como era costume. Mais tarde, as cinco moças sem juízo chegaram. A porta já estava fechada.

          - Que faremos? - perguntavam elas entre si.

          - Batamos à porta - disse umaBateram, gritando:

          - Senhor, senhor, abre a porta para nós!

    O noivo, porém, da janela do sobrado, disse para as moças que estavam na rua:

          - Agora não é mais possível... Não vos conheço!

     E elas não puderam entrar. Se tivessem sido cuidadosas, estariam na festa juntamente com todos os convidados...

    Ele a terminou com as seguintes palavras: "Vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora".


    Compreendendo a parábola


    Esta parábola é um convite de Jesus para que sejamos vigilantes, isto é, cuidadosos. Devemos estar sempre prontos para o cumprimento do nosso dever. Devemos estar sempre prontos para responder à chamada de Jesus para qualquer serviço, pequenino que seja, na Seara do Evangelho. Devemos estar sempre prontos para a hora desconhecida em que Elenos chamar desta vida presente para a vida espiritual. Isso é que significa vigilância.

     Cuidemos, pois, de nossas almas com muito zelo. Sejamos como as moças prudentes da parábola, que traziam as suas lâmpadas e mais as vasilhas de azeite. Devemos trazer nossas almas como lâmpadas sempre acesas, alimentadas com o azeite da Palavra Divina.

     Você viu que o azeite, na parábola, não pôde ser emprestado. Assim sendo, cada um de nós deve cuidar de conseguir o próprio azeite para sua lâmpada, isto é, cada um deve cuidar de aperfeiçoar e iluminar seu próprio coração, pois, não podemos chegar a Jesus pelos merecimentos dos outros. É a "lei de esforço próprio". Atenção para outro ensinamento: Devemos cuidar da iluminação de nossa alma enquanto é tempo. Não procedamos como as virgens sem juízo, que deixaram a compra do azeite para última hora. Por não serem cuidadosas, perderam o direito de entrada às festas do casamento. Se não cuidarmos também, com antecedência, do aperfeiçoamento de nosso Espírito, não teremos ingresso às Moradas Luminosas de paz, de felicidade e de cooperação com Deus.Pense nessas coisas muito sérias e santas. E desde agora, "compre" no Evangelho, com as moedas de sua boa vontade e de seu esforço o azeite das Virtudes Divinas para acender a lâmpada do seu coração, preparando-o, cuidadosamente, para os serviços do Bem, com Jesus.


     

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